sábado, 25 de maio de 2013

OS GOVERNOS MILITARES - CASTELO BRANCO

Militares no Poder

Foi em 1964 que a direção das forças armadas assumiu o controle politico do governo e passou a decidir quem ocuparia o cargo de presidente da republica. Nesse regime militar, que durou até 1985, cinco generais   sucederam-se na presidência, foram eles: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueredo. Uma das características dos militares era o autoritarismo. Os membros do governo não se mostravam dispostos a dialogar com diversos setores da sociedade.
Por meio do Atos Institucionais (AI), os governos militares foram restringindo as instituições militares e impondo censura aos veículos de comunicação, como rádio, televisão, jornais, revistas e etc. Vários brasileiros que se mantiveram contra essa decisões perseguidos, exilados, torturados ou mortos pelos órgãos de repressão politica.

Com a deposição de João Goulart, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, ocupou o cargo de presidente da republica, porém o controle do país estava de fato nas mãos dos militares.
Em 9 de abril de 1964 foi decretado o Ato Institucional nº 1, que dava plenos poderes ao Executivo Federal, durante seis meses, para cassar mandatos de parlamentares, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, modificar a Constituição e decretar o Estado de Sítio sem a aprovação do Congresso.
Foi no segundo dia que sobre pressão o Congresso Nacional elegeu para a presidência da republica o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que assumiu o governo em 15 de abril de 1964.

GOVERNO CASTELO BRANCO (1964-1967)
Castelo Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária.
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.

O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.


sábado, 18 de maio de 2013

SÍMBOLO DA RESISTÊNCIA E LUTA CONTRA A ESCRAVIDÃO - ZUMBI DOS PALMARES

Como bem sabemos nosso país viveu sua época colonial. Foi no Brasil Colonial que muitos negros foram escravizados. Trazidos da África em navios negreiros para trabalhar nos engenhos de açúcar e cafezais do brasil, os africanos eram proibidos de praticar culto aos seu orixás e muito menos expressar sua cultura em terras brasileiras. Este período ficou conhecido como escravidão no brasil e durou desde o  inicio do século XVI até a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888.

                                                    Escravos nos Engenhos de Açúcar
                                         
                                          Cafezais do Brasil Colonial - Trabalho Escravo

                                          Assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas em 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão no Brasil. Liderou o Quilombo dos Palmares (o que lhe deu o titulo de Zumbi dos Palmares), comunidade livre formada por escravos que aviam fugido das fazendas. O Quilombo dos Palmares achava-se localizado na Cerra da Barriga, atual território do município de União dos Palmares (Alagoas).
                                                         Zumbi dos Palmares

 Quilombo dos Palmares 
Embora tenha nascido livre, Zumbi foi capturado quando tinha sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.
 Em de 1675, o quilombo foi atacado por soldados portugueses. Zumbi ajudou na defesa e destacou-se um guerreiro muy valente. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses voltaram para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.
                                        Ataque ao Quilombo dos Palmares pelos Bandeirantes 

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi tornou-se líder do Quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresceu e se fortaleceu, obteve várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.
O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695. 
             Bandeirante Domingos Jorge Velho - Líder do ataque ao Quilombo dos Palmares

A importância de Zumbi para História do Brasil

 Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.

                                                                                                         Clóvis Trindade

Vídeo sobre Consciência Negra.


terça-feira, 14 de maio de 2013

DICA PARA LIBERAR O ESTRESSE

Meu caro(a) amigo(a) se você assim como muitas pessoas sofrem do mal deste século, o estresse, está sendo atormentado por ele, você terá aqui uma dica espetacular. Mudando um pouco o foco deste blog, más nunca deixando de cumprir seu papel social que é ajudar os leitores a ter um dia melhor e adquirir conhecimentos, resolvi escrever uma dica simples e fácil você liberar todo o estresse acumulado.
Por incrível que parece hoje você ira, ou tentará, meditar. Primeiramente, ponha-se em posição de lótus seguindo relaxe a musculatura e esvazie sua mente.
Pense no lugar onde você quer estar e com  quem quer estar. Relaxe, libere as energias negativas, e diga para si mesmo: EU SOU CAPAZ DE CONTROLAR MINHA MENTE E CONTROLANDO-A DOMINAREI MEU COTIDIANO VARRENDO TUDO O QUE NÃO ME FAZ BEM.
Pronuncie estas palavras repetidas vezes até se sentir melhor, não perca o controle pois a perda dele pode lhe trazer sérios problemas indesejados. Dica: colocar um som ambiente ou uma melodia calma que toque seu coração, concertos de piano como os de Isaac Shepard são sempre bem-vindos.
Tente, se não der certo não desista você é capaz de revolucionar-se. Acredite em si mesmo e conheça sua força como prova da tão grande importância que sua existência exerce no mundo.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

POVOS MESOPOTÂMICOS - OS ACÁDIOS

Os Acádios são oriundos do deserto da Síria e habitavam a cidade de Acádia  enfeitiçados pelas riquezas das terras mesopotâmicas, e principalmente pelo esplendor das cidades da Suméria, vieram em busca de riquezas e terras férteis.
A invasão acadiana deu-se de forma fácil e sangrenta, ora que os acádios faziam o uso de arco e flecha o que os deixava em vantagem em relação as infantarias (tropa que luta a pé) sumerianas armadas com pesadas lanças e escudos. Sargão I, comandante de Acádia, conquistou a maioria do território outrora ocupado pelos sumérios, chegando a conquistar todo o Mar Mediterrâneo e a Anatólia.
Foi a partir da margem esquerda do rio Eufrates, entre Sippar e Kish (onde hoje se localiza o Iraque), os acádios conquistaram a mesopotâmia meridional e Elam e criaram assim o estado de Isnin, Larsa e a Grande Babilônia. O centro de hegemonia acádio seria acidade de Akad.

                                                                      Grande Babilônia
                                                               Grande cidade de Acádia
No entanto, as cidades-Estado sumerianas ainda eram dominadas pelos mesmos governantes, com a condição de que pagassem os tributos exigidos pelos acadiano. Devido ao seu extenso domínio, Sargão I ficou conhecido como "soberano dos quatro cantos da terra", ou seja, rei te todo o mundo conhecido na época.

                                                                        Rei Sargão I
Foi sobre a rígida liderança do rei Sargão I que os acádios criaram um Estado centralizado, baseado nos moldes sumérios, avançando suas técnicas militares através da mobilidade pelo deserto, com armas leves como o venábulo(lança) para elevar a resistência de seus guerreiros.
                                                     Venábulo usado pelos acádios
Na religião a crença politeísta permitiu que novos deuses fosse cultuados, incluindo o próprio rei. O desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos sumérios possibilitou o registro da primeira língua semítica da Antiguidade: a língua acadiana, que chegou a ser usada como língua internacional por todo o Oriente Médio.
O próprio código de Hamurábi, escrito pelo monarca amorita conhecido como o primeiro código penal que se tem registro, foi elabora todo ele em acadiano.
                                     Rei Hamurábi ditando seu código ao seu súdito.
Veremos que por volta de 2150 a.C., os constantes ataques dos guti, povos asiático oriundos da região montanhosa da Armênia  acabariam com o domínio acádio, ora visto achava-se abalado com revoltas internas oriundas da fraqueza politica que se instaurou com a morte do Imperador Sargão I.
A antiga Mesopotâmia sempre foi alvo da disputa entre povos que se sucederam no controle da região, e o principal motivo da luta era a riqueza para aqueles que descobriram a agricultura: a água dos rios Tigre e Eufrates. Passados mais de 5 mil anos, a região continua sendo palco de guerras; na atualidade  a invasão do Iraque e o outro foco do conflito é outra riqueza natural: o petróleo, tão valioso para as sociedades industrializadas quanto a água para as teocracias de regadio.
                                              Poço de extração de petróleo no Iraque.
Rio Tigre 

                                                                      Rio Eufrates

Desde o início da década de 1990 o Iraque país que ocupa a região situada entre os rios Tigre e Eufrates envolveu-se em conflitos com países vizinhos como o Kuwait e outras nações especialmente os Estados Unidos. Além das trágicas perda humanas, essas guerras e essa invasão do Iraque arbitrária acarretam outros prejuízos também irreparáveis: a destruição de sítios arqueológicos e vestígios dos antigos povos da Mesopotâmia, importante material de estudo que nos auxilia a compreender o modo de vida da antiguidade.
Vemos nos noticiários  manchetes relacionadas ao oriente médio, conflitos entre o oriente e as potencias ocidentais é lamentável ainda, perceber que, em pleno século XXI, interesses econômicos, mentiras da "inteligência" e demonstrações de "forças"de alguns países que querem ser os donos da verdade e a polícia do mundo, ainda sobrepõem à vida e à história.
                                                                                                              Clóvis Trindade
Oriente Médio - Conflitos na Palestina.






domingo, 12 de maio de 2013

Mesopotâmia e seus povos – Sumérios


Os Sumérios

É entre o monte Zargo e o deserto da Arabia que correm dois rios caudalosos, Tigre e Eufrates. Entre esses rios existiam terras muito férteis denominadas Mesopotâmia (em grego terra entre rios – meso pótamis), hoje atual território do Iraque. Foi nessas terras que se desenvolveram as primeiras civilizações de que se tem noticia, e com elas os primeiros traços culturais.

à Estandarte Sumério representando as classes sociais. Na parte superior, vemos o rei e sua corte. Nas duas partes inferiores observamos os pescadores, agricultores e o povo em geral.
Foi no quarto milênio antes de Cristo que os Sumérios, povo oriundo do planalto da Asia Central, se estabeleceram e fertilizaram a parte norte da Mesopotâmia denominada Assíria e a parte sul denominada Caldeia. Lá eles fundaram as cidades de Ur, Nippur e Lagash cada uma constituída de um pequeno estado, regido por um chefe civil e religioso chamado de patesi. Ur, Nippur e Lagash constituíram os primeiros centros econômicos da mesopotâmia.
                                           Cidade de Lagash 

                                                                    Cidade de Nippur

                                                Cidade de Ur

         Os sumérios possuíam rebanhos ovinos, bovinos e praticavam a agricultura para a qual desenvolveram arados e sameadoras puxados a boi. Na sua nova casa aprenderam como aumentar a produtividade natural do vale fluvial desenvolvendo técnicas de irrigação.
         Aprenderam a construir suas casas com mantimentos naturais e artificiais afim de ficarem a salvo das águas das enchentes e terem maior segurança contra os ataques.
         Escavações feitas nas ruínas da cidade de Ur constataram que os sumérios atingiram um grande grau de civilização, tendo sua ascendência maior por volta do ano 3.500 a.C. Provavelmente sua cultura continuou a dominar a Baixa Mesopotâmia por mais de 1500 anos enquanto na Babilônia imperava a dinastia de Hamurábi.

              Influencia da arte sumeriana em uma Mesquita da Samarra no Iraque.

        Os sumérios para fortificar suas construções tiveram que recorrer ao tijolo, souberam como ninguém usufruir desta técnica, primeiramente empregada nas construções de templos.

         Mais tarde, desenvolveram um sistema de escrita que era empregado na contabilidade dos templos. Os registros escritos eram necessários para se ter um controle das riquezas acumuladas pelos templos devido ao fato de estes receberem muitas oferendas religiosas.
Estatueta do templo de Tell Asmar, um rei rezando.

PROVÉRBIO SUMÉRIO
“O pobre está melhor morto do que vivo.
 Se tem pão, não tem sal,
 Se tem sal, não tem pão,
Se tem carne, não tem cordeiro,
Se tem cordeiro, não tem carne."
         A administração desses bens exigia que os sacerdotes mantivessem um controle preciso das operações como empréstimos de animais ou sementes, pagamentos aos construtores de barcos ou a comerciantes estrangeiros, relação de mercadorias vendidas, emprestadas e estocadas. Para manter esse controle a solução foi registrar por escrito as operações realizadas.
         A escrita sumeriana foi se desenvolvendo com o tempo, por volta do ano 3.000 a.C, passou a ser utilizada também nos registros religiosos, textos literários e algumas normas jurídicas. A escrita era originalmente feita na argila mole, com um estilete em “forma de cunha”, o que determinou o formato dos sinais. Por isso a escrita sumeriana ficou conhecida como "cuneiforme" (em forma de cunha).

               Pedaço de argila sumeriana com registro das rações diárias em pictogramas.

SISTEMA POLÍTICO

Ao longo da história os sumérios se dividiam em cidades – estados unidos por interesses econômicos e militares. Essas cidades – estados eram governadas por um patesi, que acumulava as funções de primeiro sacerdote, comandante do exercito e superintendente do sistema de irrigação. Um desses governadores, mais ambicioso, teria estendido seus domínios sobre certos números de cidades e assim assumindo titulo de Dungi.  
Por volta do ano 2.300 a.C, todos os sumerianos se uniram sob o comando de um só chefe, Dungi que reinou por cinquenta e oito anos, sabiamente dirigiu o trabalho de restabelecer a vida civilizada na Suméria e na Acádia. Infelizmente Dungi viu-se envolvido em confrontos estrangeiros, o que desestabilizou seu reinado, por fim seu reinado foi destroçado pelos amoritas do norte e os elamitas do leste e a capital Ur, sofreu total destruição.
Este senário possibilitou que os semitas vindos do norte da cidade de Acad, invadissem a região.

  Esta foto nos mostra um bloco de argila com exercícios de matemática, 1.700 a.C. Exercícios como esse eram ensinados nas escolas sumerianas preparando os jovens escribas que futuramente iriam redigir contratos e calcular produção agrícola.

ECONOMIA

Os sumerianos possuíam um sistema econômico muito simples, e dava importância aos empreendimentos individuais do que geralmente se concebiam no Egito.
A escravidão não era uma instituição importante, muitos dos que eram considerados escravos não passavam na realidade de servos que haviam hipotecado sua pessoa por dívida.
A agricultura era o principal interesse econômico da maior parte da população sumeriana, sendo os sumerianos excelentes lavradores.
                                     Agricultores Sumerianos.
Os sumerianos não realizavam grades coisas nas atividades intelectuais. Sua grande realização, no entanto, foi a escrita que esta destinada a ser usada durante milhares de anos depois do desaparecimento de nação.
A educação estava nas mãos dos sacerdotes e assim sua influência era culminante sobre e a vida intelectual da população. Nas escolas dos templos, ensinavam aos estudantes o complicado sistema de escrita. Também se ensinava a matemática e ainda a língua sumeriana e semítica.
Como artistas os sumerianos, destacaram-se nos trabalhos com metal, na lapidação de pedras preciosas e esculturas. Os edifícios característicos da arquitetura sumeriana é o Zigurate, depois de muito copiado pelos povos que se sucederam na região, era uma construção em forma de torre composta por sucessivos terraços e encimada por pequeno templo.
                                     Zigurate - Construção Suméria.
Na literatura podemos citar os poemas e as narrativas épicas, onde se destacam duas obras sumerianas: a Epopeia de Galgamés, a mais antiga narração do diluvio e o Mito da Criação.
Os sumerianos acreditavam num dado número de deuses, tendo cada um deles uma personalidade distinta com atributos humanos. Podemos citar alguns deuses: Istar, a deusa do princípio feminino da natureza, Shamash, era o deus do sol, dava o calor, luz em beneficio do homem, mas também podia mandar seus raios abrasadores para secar o solo e as plantas.
                                                             Shamash - Deus do sol.

Istar - Deusa do principio feminino.
Portanto, conhecer os povos antigos nos possibilita á criação de uma cultura mais solida. O povo que conhecemos acima, ou pelo menos um pouco dele pois é muito vasto o estudo dos sumérios, é um exemplo de civilização onde no principio eram divididos em cidades – estado e a partir da ambição de Dungi foram unificados sob uma só coroa e ascenderam esplendorosamente, desenvolveram a escrita e as manifestações culturais.         Porém, como toda a dinastia tem um fim, Dungi foi derrotado pelos amoritas e elamitas, mas o legado cultural desse povo perdurou por aproximadamente 1500 anos, eternizando sua cultura na argila da história.

                                                                          Clóvis Trindade.



                  

sábado, 11 de maio de 2013

QUEM É O GAÚCHO?


“Era curioso aquele método de construção que fazia honra à bem conhecida persistência dos americanos. Ia procurar-se a madeira a uma parte e o ferro a outra; dois ou três carpinteiros cortavam e emparelhavam aquela, um mulato forjava o ferro”.

Giuseppe Garibaldi, in “Memórias de José Garibaldi”, por Alexandre Dumas. Julho de 1907.
               A observação de Garibaldi a respeito da construção de barcos pelos farroupilhas, durante a Guerra dos Farrapos, é uma entre inúmeras referências de exaltação da tenacidade e da persistência do gaúcho, que encontramos nos documentos e relatos referentes ao decênio heroico  quando os sul-rio-grandenses se levantaram em armas para garantir valores como o da liberdade e interesses de ordem econômica, militar, religiosa e ideológica.
         As características fundamentais de uma sociedade e dos homens e mulheres que a compõe, é invariavelmente conseqüência de uma história. Não é diferente aqui no garrão do Brasil, onde a história é contada a partir dos seus habitantes. O gaúcho que surgiu a partir do início do século XVII é o resultado de uma mescla de raças e etnias que ocuparam a pampa do extremo sul da América, abrangendo o que hoje conhecemos como Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina. Os índios primeiros habitantes, os espanhóis, portugueses e negros que aqui se estabeleceram alguns por vontade própria, mas a maioria forçada pelas circunstâncias históricas que vivenciou. Depois vieram os alemães, os italianos os poloneses e pequenos grupos de outras partes do mundo. Do cruzamento destas raças, temperadas pelo frio, pelo minuano, pelo espaço generoso e sem cerceamentos, pela lida com o cavalo e com o gado, surge um tipo humano sedento por liberdade e extremamente apegado a sua terra.
         Não podemos desconhecer que encontramos aqui e acolá, historiadores ou “palpiteiros” que procuram descrever o gaúcho como um marginal, um homem sem escrúpulos, machista, ladrão, contrabandista, e assim por diante. Esquecem que o homem é, e sempre foi, um elemento do seu meio e do seu tempo. Rude, forte, às vezes bandido, mas sempre livre, era o Gaudério. Aquele homem deve ser compreendido e estudado a partir dos conceitos morais e da ética vigente à sua época. Querer julgá-lo hoje, com os padrões sociais e éticos da sociedade contemporânea é descabido.
         No Rio Grande do Sul, território disputado por Portugal e Espanha, o Gaúcho adquire algumas características próprias, desenvolvendo um gosto muito apurado pela aventura e pelas escaramuças bélicas. O Estado foi por muito tempo, tanto por necessidade quanto pelo gosto, um grande quartel. Do dia para a noite as fazendas se transformavam em quartéis e os peões em soldados. Bastava um toque de clarim para transformar a peonada em companhia ou batalhão. O objetivo era quase sempre o mesmo: garantir que o território não fosse dominado pelos castelhanos. Em 1835 o processo foi outro. Os sul-rio-grandenses se rebelaram contra os Portugueses. Contra a tirania política e econômica do Império Brasileiro que tratava a província com desdém.



         No início era uma manifestação de inconformidade, uma exigência de melhor tratamento, depois, com a intransigência imperial, se transformou numa tentativa de autonomia. A ideia de República fervilhava entre os farroupilhas. O desejo de autodeterminação era notório. No entanto havia como sempre houve um sentimento superior: o sentimento de brasilidade. A República Rio-Grandense foi proclamada e durou mais de oito anos, o que não impediu à assinatura da Paz que reforçou a brasilidade do gaúcho. 
         O bairrismo quem nos caracteriza, também, decorre dessa história e do tipo de formação da sociedade sul-rio-grandense e não devemos negar ou nos envergonhar dele, assim como precisamos reconhecer que o povo gaúcho é o mais politizado entre os brasileiros assim como é, possivelmente, o mais persistente e aventureiro. 
Texto extraído do site do Movimento Tradicionalista Gaúcho Rio Grande do Sul 

Conclusão:
         O tradicionalismo gaúcho é algo fenomenal, é uma forma de cultura sadia que nos conduz a construir um tipo social exemplar: o gaúcho.
         Nossa cultura, nosso povo tem sua origem do caldeamento de índios, portugueses e espanhóis, deles herdamos as danças, os mitos, as lendas, os princípios de ética e civismo.
         Temos como um bom exemplo de manifesto cultural o ENART ( Encontro de Arte e Tradição) que ocorre anualmente levando a arte e a tradição gaúcha ao palco, defendida pelos grupos de dança que la se apresentam.
         Esta cultura regional que é reconhecida pela ONU, merece destaque e divulgação, seus conceitos sociais devem ser difundidos na sociedade como bem fazem os Centro de Tradições Gaúchas (CTG), e todos os demais núcleos promovedores da cultura gaúcha.
           Assista agora a final do ENART 2012!



Olá! Sejam muito bem-vindos ao + Cultura. Nosso objetivo é proporcionar a você uma gama de conhecimentos culturais que com certeza terão influência no seu cotidiano. 
Ao longo dos anos muitas culturas foram surgindo e muitas desaparecendo ou entrando em extinção. Desde a Mesopotâmia ( terra entre rios) a cultura se fortalece e autentica o dia-a-dia dos que a cercam. Nós recebemos influências culturais muito fortes, como por exemplo, a da greco-romana que é basilar para a formação sociocultural de nosso país.
O + Cultura também receberá postagens de outros jovens estudantes assim como eu. Iremos mesclar as diferentes culturas para obter-se assim uma maior compreensão de quem somos e para onde vamos, pois foi de uma mescla de etnias e culturas que surgiu o brasileiro.
         Espero que todos encontrem aqui um elo que os ligue algo ou a alguém, que incuta em vós a cultura e desmantele a pobreza intelectual e todo o tipo de preconceito existente em nossa sociedade.
        Assista agora um vídeo sobre a Mesopotâmia.