sábado, 24 de agosto de 2013

Cultura Gaúcha - Polca de Relação

Sabemos que para o Rio Grande do sul, vieram imigrantes Alemães, trazendo em suas bagagens Valsas, polcas e Schotish ( xote), que, com a mescla das culturas locais adquiriram características regionais. Segundo Paixão Côrtes e Barbosa Lessa, na obra Danças e Andanças da Tradição Gaúcha, a polca foi uma dança muito viva e muito alegre, semelhante aos giros rápidos da Valsa. A polca apresentou variações em sua denominação e execução, tais como: Arrasta-pé, Gasta Sola ou Serrote, quando os passos de marcha eram realizados ao som de uma polca, um passo para cada tempo musical. Devido as diferentes características regionais o gaúcho adaptou à polca algumas brincadeiras de salão, como a polca de relação (meia canha). Nos dias atuais, encontramos pares realizando, ao som de uma polca, tanto passos de marcha quanto passos de polca. Ritmo binário 2/4: O par, enlaçado como na valsa, realiza passos de polca geralmente saltitados devido à rapidez da melodia, ou ainda através de passos de marcha arrastados. 
A polca da relação era dançada nos famosos Bailes de Campanha, também conhecido como Baile de Rancho. A polca era como um divertimento para os moradores da campanha já que estes encontravam-se distantes do povo (cidade). Esta dança era executada em pares, como na valsa, porém tinha um grande diferencial. Ao final dança os pares, um de cada vez, deslocavam-se até o centro onde diziam alguns versos um para o outro. Vejamos alguns versos de autoria de José Itajaú Oleques Teixeira 
                                                                                          
Peão:                                                                
Eu cansei meus dois cavalos,
para chegar até aqui,                                                                      
só pra dizer que te gosto
desde os tempos de guri!
Prenda:
Coitado dos teus beiçudos,
e coitadinho de ti,
pois eu sei que não te gosto
desde o dia em que nasci!
Peão:
Quando eu te conheci
soube logo que eras minha;
meu rancho será teu castelo
e tu a minha rainha!
Prenda:
Quando tu me conhecestes
era uma noite de lua;
nas estrelas vi escrito
que eu nasci para ser tua!
Peão:
Toda vez que eu te vejo
perco minha voz e o jeito:
meu coração corcoveia,
saltando fora do peito!
Prenda:
Cuidado nunca é demais
com olhos e coração;
é bom tu ires ao médico,
pra baixar essa pressão!
Peão:
O meu pai te quer pra nora,
minha mãe ser tua sogra;
tu até que é bonitinha,
mas tua velha é uma cobra!
Prenda:
É bom que avises os teus:
gosto de boi e de vaca;
mas tenho nojo de sorro
e medo de jararaca!
Peão:
Eu entrei pr’o CTG
e aprendi a dançar,
só para ser o teu par
e poder te namorar!
Prenda:
Quando da primeira vez,
no ensaio da Invernada,
que eu peguei a tua mão,
já fiquei apaixonada!
Peão:
Felicidade foi muita,
alegria não foi pouca,
quando na Chimarrita
quase beijei tua boca!
Prenda:
Felicidade foi grande
no momento em que senti
terminar a Chimarrita
e separar-me de ti!

Peão:
Barbaridade, chinoca!
Sou um peão que campereia;
mas nunca antes eu vi
tanta prenda, assim, tão feia!
Prenda:
Mas que tal o índio velho,
metido a gaúcho largado?
Cuidado ao olhares no espelho,
pra não ficar assustado!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

22 de agosto dia Mundial do Folclore

Só para não deixar esta data tão importante passar em branco. Nosso folclore é rico e versatil de norte a sul do Brasil vemos varias manifestações culturais alternativas. Herdamos de nossos colonos a forma lúcida e brincalhona de viver a vida. As manifestações culturais que difundem a cultura ao reodor do mundo relatam anos de evolução cultural, desde os primordios até os dias atuais a cultura em si vem evoluindo. A cada traço de história renasce em canções, contos lendas e mitos a trajetoria de um povo sobre a terra.
As manifestações culturais nada mais são do que o resultado de suceções de acontecimentos históricos, a sobreposição de uma cultura sobre a outra. As culturas nativas do ocidente, principlammete das Américas sofreram uma grande onda de submissão às culturas de linha Greco-Romana. O folclore é imutavel, indelevel e inalienavel a sociedade.
Feliz dia do Folclore!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Linhas maquiavélicas

Nascido em Florença  na Itália, Maquiavel exerceu grande influência politica eternizada em sua obra " O Príncipe". Sua concepção do que é política  pregava um modelo de instrumentalização do poder. Por gerações sua obra foi criticada, porém, utilizada pelos políticos ao longo dos anos. 
Sua filosofia baseava-se em um modelo constituído na conquista e na manutenção do poder. O desejo de Maquiavel não visava agraciar o modelo utópico grego - a busca por uma sociedade ideal -  mas, sim, fazendo uso da "virtù" para chegar ao poder. 
A política planejada por Maquiavel constituía-se no uso da "virtù". Mas, o que é virtù? Virtù é a habilidade de adaptar-se às situações manuseando de armas como a astucia, a mentira e até mesmo a violência, desprezando o modelo ético da antiga Grécia. 
Atualmente sua filosofia política vem sendo livro de cabeceira de muitos políticos. Apesar de seu modelo ser um tanto quanto anti-ético, é bastante difundido entre os políticos contemporâneos que, outrora questionam, mas, ao mesmo tempo, fazem uso do mesmo.
Compreender as ideia de Maquiavel se torna indispensável frente a uma sociedade cada vez mais competitiva e desumana. Sabemos que a maioria dos políticos utilizam o modelo de Maquiavel como fonte de inspiração para a sua carreira política. 
Os exemplos de politicagem hoje enumerados evidenciam um método no qual a corrupção é imposta e os fins justificam os meios provando que para chegar ao poder não são considerados valores éticos, mas sim, apenas a conquista do poder.
Portanto, após 500 anos as ideias apresentadas são vistas como um modelo ético e peculiar, servindo de inspiração para quem almeja ser um líder político grandioso.   
Texto produzido por:

sábado, 17 de agosto de 2013

Lendário João da Silva

 Figura lendária de nosso município conhecido por suas proezas que vão desde domar touro brabo a ginetear os jacarés que roubavam o sabão das lavadeiras da Lagoa do Parové.
Mesmo não tendo feito carreira militar João da Silva foi honrado na revolução de 1923(por serviços prestados) com o titulo bélico de capitão, Capitão João da Silva Vale.
            Filho de família tradicional do Durasnal, João da Silva era um homem alto, forte e de caráter típico de sua época tinha um bigode lusitano que impunha medo e respeito.
            João da Silva era casado com Dona Silvérinha (primeira esposa), viuvou muito sedo e quando sentia saudades de sua amada ia até a sepultura de Silverinha tocar “umas marca” para ela, dentre os ritmos de seu repertório estavam a vaneirinha, a milonga, a valsa, o xote e um tango bem apaixonado: “La cumparsita”. Mais tarde casou-se com Dona Jurinha, que o matou envenenado.
            Sempre quando ia a cidade com seus filhos, dava uma passadinha na casa de seu irmão Adelino da Silva Vale para com ele matear e tomar o café da manha e só depois sair pelas ruas e praças contando seus causos e proezas.
            João da Silva também era muito conhecido por suas façanhas. Podemos aqui citar as peleias travada entre João da Silva e os jacarés da lagoa do Parové, segundo relatos João da Silva era chamado pelas lavadeiras para caçar os jacarés já que estes costumavam roubar o sabão das lavadeiras enquanto elas proseavam a beira d’agua.
Contam ainda que ele chegava de peito aberto gritando com os jacarés que já iam disparando largando-se por agua e João da Silva todo valente cortejava as lavadeiras gineteando os jacarés.
            Destacam-se também os duelos amargados com os touros bravos pelas estancias, relatos dizem que João da Silva agarrava a unha os touros e os derrubava engrandecendo assim sua fama de homem valente e destemido que já se espalhará por todo o rincão. 

            O Capitão João da Silva Vale e sua amada Silvérinha encontram-se sepultados nas terras da Fazenda Tabatinga, no Parové, um ao lado do outro, em túmulos, guardado pelo velho minuano.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Os Bandeirantes e a conquista do sul

Em novembro de 2003, intelectuais , acadêmicos e representante do governo reuniram-se em  um fórum sediado em Campos do Jordão/SP, para debater questões referentes à América Latina, à Portugal e à Espanha. Um dos temas que esteve em pauta foi a vigilância nas fronteiras   dos países sul-americanos, atualmente ameaçadas pelo narcotráfico e contrabando. 
As fronteiras brasileiras totalizam hoje 16.886 Km de extensão, outrora já foram bem menores. Ao lado monumento às Bandeiras, obra do escultor brasileiro Victor Brecheret (1894-1955) situada no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Brecheret criou um dos símbolos da cidade ao retratar o movimento dos Bandeirantes em suas incursões no sertão das novas terras da América do Sul. Agora convido você a viajar pela história dos carrascos Bandeirantes portugueses. 
Certamente até o final do século XVI, o território pertencente a colônia portuguesa na América era o mesmo que definira o Tratado de Tordesilhas em 1494, estendia-se desde o oceano Atlântico até a linha imaginária que liga a ilha de Marajó, ao norte, a Laguna, ao sul. Inicialmente os portugueses se estabeleceram no litoral, sendo assim até o começo do século XVII o interior permaneceu praticamente inexplorado. Entrementes algumas expedições foram empreendidas com o sutil objetivo de explorar esta região, dentre elas a de Aleixo Garcia, em 1526, e em 1531 a de Pero Lobo. Estas incursões pleiteada pela Coroa Portuguesa, conhecida como entradas, não tiveram grandes êxitos, na sua maioria foram dizimadas por doenças ou por ataques indígenas. 
A ocupação das regiões mais afastadas do litoral se deu com a introdução do gado no Nordeste e com a fundação do povoado de São Paulo de Piratininga, na capital de São Vicente, em 1554. Mais tarde elevado à categoria de vila, São Paulo se tornou principal centro de onde partiram as bandeiras, expedições armadas que conquistaram o território dos atuais estados de Mato Grosso, Paraná, Santa  Catarina e pequena parte do Rio Grande do Sul. Os integrantes dessas expedições inicialmente ficaram conhecido como Bandeirantes ou sertanistas. 
Em busca de mão de obra escrava para a lavoura, um dos principais objetivos dos bandeirantes era capturar indígenas para mais tarde vende-los como escravo em São Paulo. Normalmente eles mobilizavam toda a vila de São Paulo, algumas reuniam mais de mil pessoas. Viajando geralmente descalços, mal trapilhos e armados com arco e flecha e mosquetões, os bandeirantes cruzavam vales e montanhas seguindo o curso dos grandes rios. Quando os bandeirantes regressavam traziam consigo uma bagagem com centenas e até milhares de índios feito escravos. Estes eram os negros da terra, expressão utilizada para diferencia-los dos negros africanos,conhecidos como negros da Guiné. 
Por outro lado os jesuítas se opunham a essas expedições sangrentas e carrascas. Em 1570 a Coroa Portuguesa sancionou uma lei determinando que só poderiam ser escravizados os índios capturados nas chamadas guerras justas. As guerras justas eram aquelas iniciadas pelos indígenas ou as que tivessem por objetivo punir as tribos hostis aos portugueses. Esta lei de nada protegeu os índios, todavia serviu de base para mais atrocidades dos bandeirantes que amparados por ela justificavam todo tipo de escravização como decorrente de guerras justas. 
No principio, os bandeirantes capturavam os índios que se encontravam mais próximos de São Paulo; depois, passaram a procura-los sertão adentro; por fim resolveram capturar os índios já aculturados que viviam em grande e pequenas reduções. Um dos principais alvos foram as reduções dos jesuítas espanhóis em regiões onde se encontram o Uruguai e os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os ataques às reduções vigoraram até 1623, quando praticamente  todas haviam sido destruídas pelos bandeirantes que saqueavam, queimavam e estupravam as mulheres indígenas que habitavam os redutos missioneiros. 
As bandeiras normalmente ultrapassavam constantemente a linha de Tordesilhas. Isso culminou em mais conflitos entre espanhóis e portugueses. Um dos mais violentos confrontos iniciou-se em 1680, na região do Prata. Este confronto ficou conhecido como Guerra Guaranítica. Foi procurando ampliar seus domínios na região da Prata,  que os portugueses fundaram em 1680, no atual território do Uruguai, a cidade de Nova Colônia do Santíssimo Sacramento. Em contra partida, os espanhóis atacaram Sacramento, dando assim inicio a uma série de conflitos com os portugueses pelo domínio da região platina. 
Pretendendo por fim nesses conflitos e delimitar as fronteiras entre suas colônias no sul do continente, os governos de Portugal e Espanha firmaram diversos acordo diplomáticos, dentre eles em 1750 o Tratado de Madrid. Segundo esse acordo, a Colônia do Sacramento passava ao domínio espanhol. Portugal, por sua vez garantia para si a posse das terras desbravadas na Amazônia e a região dos Sete Povos das Missões, no atual Rio Grande do Sul.
Pelo referido tratado, os religiosos espanhóis e os índios Guarani de Sete Povos deveriam cruzar o rio Uruguai e se alojarem em terras pertencentes a Espanha. Os índios se recusaram a sair das Missões, e em 1754, se rebelaram, sob a liderança do ilustre Guerreiro Sepé Tiarajú. Era o principio da Guerra Guaranítica, que se estendeu por dois anos e findou-se com a morte de Sepé em Caaró, hoje tombado pela ONU junto com as ruínas das reduções como patrimônio histórico cultural da humanidade.
Simplesmente a guerra levou à anulação do Tratado de Madrid. Em razão disso foi assinado em 1777 o Tratado de Santo Ildefonso, pelo qual a região dos Sete Povos voltou ao domínio espanhol. Seguiram-se mais disputas, e foi em 1801 que o Tratado de Badajos devolveu os Sete Povos das Missões a Portugal e delineou quase integralmente as fronteiras do nosso país como as conhecemos hoje. 
Os bandeirantes ficaram rodeados de mitos e realidades. A eles cabe ser patrono de nomes de ruas, praças, emissoras de radio e TV, palácios e monumentos. Porém, os bandeirantes não eram os perfeitos heróis consagrado pelo povo. Eles sim eram pessoas simples, cruéis e muitas vezes analfabetas. Para algumas vertentes históricas não se trata de considerar os bandeirantes heróis ou bandidos, mas sim vê-los como fruto de uma época, pessoas que pertenciam a determinada parte da cultura e viveram de acordo com os padrões da sociedade de seu tempo, o que não justifica as suas atrocidades e crimes cometidos.

RAPOSO TAVARES 

Um português nato que muito serviu a Dom Francisco de Souza, nascido em São Miguel do Pinheiro em 1559, conselho de Mértola e distrito de Beja, Portugal. Antônio Raposo Tavares comandou em 1638 uma bandeira que visava conquistar a região do Tape onde se localizavam as Reduções Missioneiras. Esta nova expedição visava expulsar os jesuítas espanhóis estabelecidos nas reduções do Tapes, hoje Rio Grande do Sul. Deixou São Paulo em janeiro, com 120 paulistas e mil índios.
Em 2 de dezembro a bandeira atingiu e atacou a redução de Jesus Maria José, na margem esquerda do rio Jacuí e depois foi a vez da redução de São Cristóvão em Rio pardo e no rio Jacuí. Logo depois tomou a redução de Santana. Segundo a tática usada por Raposo a bandeira ia dividida em companhias, dispersas em vários pontos, guardando porém unidade de ação. Uma dessas, a de Diogo de Melo Coutinho ficou agindo no chamado sertão dos Carijós. Esta bandeira regressou a São Paulo em 20 de janeiro de 1639 mas permaneceu no Tapes Raposo Tavares. Espero que tenhas gostado, qualquer duvida ou sugestões deixe seu comentário. Obrigado!


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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Viva la revolución del pueblo


Jean-Jacques Rousseau foi um filosofo e pensador humanista nascido em Genebra, porem passou a viver em Paris a partir de 1742.  Suas grandes contribuições para os estudos filosóficos se deram a partir de seus ideais políticos. Estava a França passando por uma grande onda de efervescência dos ideias liberais que iluminaram a Revolução Francesa (1789). Suas ideias políticas traziam concepções de uma cidadania participativa.
Segundo Rousseau o governo não pode existir sem a participação do povo, e o povo não pode existir sem o governo. “Um é tudo e tudo é um”. Os poderes devem andar juntos para que ambos acordem a um consenso que deve ser unânime. Do contrato social especifica-se que todos os associados devem abrir mão dos seus direitos naturais em prol da comunidade, ao contrário de Locke ninguém perde, pois este feito de associação gera em cada contratante um corpo moral e coletivo. A unidade gerada pela associação guiará as vontades coletivas que são inalienáveis ao povo.
Quem elege um governante é o povo, o povo não fica submisso ao governante, pois o governante é parte do povo. Entrementes nesta sociedade idealizada por Rousseau não há alguém superior ao povo já que os governantes não são senhores absoluto do povo, pois o povo pode elegê-los e destituí-los quando perceber que ele não mais segue a vontade do corpo coletivo. A democracia rousseauniana e contrária ao regime representativo e diz que se uma lei não for aprovada pela unanimidade do povo em pessoa esta lei se torna nula. O povo deve ser uma sardinha seguindo o seu cardume, deve usar da coletividade para galgar seus objetivos.
A soberania deve ser ativa e passiva ao mesmo tempo. Na ativa o individuo deve atuar junto ao governo na criação das leis estatutárias que regem sua sociedade. E na passiva seguir as leis estatuídas por ele mesmo como parte do governo integrado ao povo. Não se pode dividir a soberania, pois só se tem um governo participativo quando ambos os lados, neste caso o povo e o governante, atuam paralelamente em busca do bem maior. A maioria e a divisão do povo são refogadas em ideias liberais por Jean-Jacques Rousseau. Tudo isso irá culminar na adoção de alguns aspectos pelos governantes da atualidade.
O atual sistema politico em que esta mergulhado o Brasil é extremamente representativo e não permite uma maior participação do povo, ou seja, a participação coletiva como bem defende Rousseau. Atribui-se a isso o fato de que desde o principio da colonização do nosso país o povo sempre esteve submisso às ordens de seu senhor governante. Nos últimos meses o povo saiu às ruas para protestar contra a falta de representatividade. Mascarada estava os manifestos, na verdade o povo estava descontente com os seus representantes por ele mesmo eleito.
Segundo Rousseau este empasse social poderia ser resolvido se houvesse um contrato social em que o povo participaria atuando diretamente adjunto ao governo. Seria viável se houve uma transição de poder, da democracia representativa para a participativa, assim poderíamos inteirar o povo às formações das leis como dito anteriormente. Se, um individuo isolado levanta-se contra seu governante ele corre o risco de acabar com a boca cheia de formigas, porem se o povo levantar-se sua vitória será sublime.

Logo, poderemos ter um governo participativo, onde cada cidadão poderá usufruir de seus direitos cívicos e deveres sociais. Sobre tudo não podemos nos deixar abalar pelos importunos da vida, sabedores da tão grande força que tem um povo unido nada mais nos resta se não unir-se e defender ferrenhamente nossos ideais de coletividade. Viva la revolución del pueblo!
Trabalho escolar elaborado para a disciplina de Filosofia.
Grupo A:
Ana Paula da Rosa 
Clóvis Trindade
Diorge Weirich




sábado, 3 de agosto de 2013

Valor ao que é nosso


Em tempos desventurosos como estes que sucedem-se, descortina-se diante de "nuestros" olhos uma imagem  pérfida da cruel realidade social em que naufragou nosso país. De  nada adianta agradar o povo com pão e circo se estes por "supuestos" são passageiros. A cultura que herdamos é magnifica, todavia a mesma não esta sendo divulgada em todo os cantos deste Brasil. Temos como exemplo o regionalismo, que luta para se manter vivo em uma sociedade cada vez mais americanizada e eurocêntrica.  
A velha história do que é nosso é inferior em relação ao produto dos europeus ou dos americanos provém da brusca colonização que nosso país passou. Se não bastasse todos estes paramentos, ainda temos que conviver com a usurpação dos nossos produtos culturais. Diariamente vemos "seres culturais" injetarem em nossa musica, nossa literatura, nossa arte traços que não nos pertencem. Aqui cito como exemplo o funk, que outrora já foi "escutável" e até mesmo "dançável", quem nasceu nos anos 90 sabe disso.  Hoje este se tornou objeto de cobiça e luxuria. Lamentável. 
Caros leitores, vivemos sufocados por culturas e influências benevolentes. Sem desfazer dos demais "produtos culturais" digo-vos que devemos sim valorizar nossa cultura. Nosso país é rico, porém nos representa ser pobre. Contudo vide os traços culturais que nele habita e valorizai o que ele possui. Cada região possui suas riquezas de norte a sul, basta abrirmos os olhos e enxerga-la.

Contudo, sabedores do que nos foi dado por herança, aconselho-vos que se fores de vossa vontade ide até uma casa de cultura de sua cidade ou vistai um museu. Se por ventura não haver nada em sua cidade, o que é lamentável, conecte-se à internet , abra seu navegador, carregue a página do Google e faça uma pesquisa dos traços culturais de sua região. Acima de tudo peço a todos, procure saber de sua história antes de viver na história dos outros. Já dizia o alegretense Oswaldo Aranha " Toda a vida deve ser a expressão de uma ideia", viva em prol de sua ideia, mesmo que tenhas que morrer por ela. Faça uma reflexão do cotidiano ao seu redor. 
Caro amigo leitor, tenha um ótimo final de semana.