domingo, 7 de junho de 2015

Museu Marciano Rodrigues Jacques e CTG Oswaldo Aranha realizaram a II Noite Cultural

O Centro de Tradições Gaúchas Oswaldo Aranha, juntamente com o Museu Marciano Rodrigues Jacques realizaram na noite de sábado, dia 6 de junho, a segunda edição da Noite Cultural. Condizente com a temática da 13ª Semana Nacional de Museus (promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus), "Museus para uma sociedade sustentável", a entidade realizou palestras e atividades culturais e artísticas, encerrando o evento com um jantar campeiro. 

As três palestras da noite foram proferidas pelos convidados a saber: Clovis I. Da Costa Trindade, Diretor do Museu que falou a cerca da temática da Semana de Museus; Marco Antônio Saldanha Jr, 2º Peão do Rio Grande do Sul, abordou o papel do jovem no tradicionalismo; Prof.º Carlos Humberto Vasques da Conceição, vice-coordenador da 4ª Região Tradicionalista, falou sobre o campeirismo e suas peculiaridades dentro do pertencimento cultural; Victor Matheus Machado da Conceição, 3º Guri do Rio Grande do Sul, trabalhou a competitividade saudável amparado no tema "Para cada competição, momento de confraternização". 

"O tema anual da 13ª Semana de Museus pode ser abordado em três óticas: sustentabilidade ambiental, socioeconômica e cultural. Várias são as óticas sob as quais podemos analisar a sustentabilidade. Destacamos aqui três: a ambiental, a econômica e a sociocultural. A primeira se refere à possibilidade de podermos viver em equilíbrio com os recursos disponíveis, de modo a oferecer ao planeta tanto quanto retiramos dele. Uma das possibilidades de aplicação dessa perspectiva é o aperfeiçoamento da gestão museológica sustentável ou mesmo a construção de um banco de projetos sobre sustentabilidade. Podemos também pensar uma vida sustentável com o estabelecimento de uma relação economicamente viável com o mundo. Tal concepção pode se aplicar aos museus, por exemplo, por meio da utilização de seu potencial gerador de emprego e renda, bem como pelo estabelecimento de parcerias com empreendedores locais, de modo a fomentar o desenvolvimento da região e favorecer o equilíbrio do que está a sua volta. 

A sustentabilidade sociocultural, por sua vez, envolve questões como o fortalecimento das tradições locais, da identidade e dos laços de pertencimento; a melhoria da qualidade de vida da população; a distribuição de renda mais igualitária e a diminuição das diferenças sociais, com participação e organização popular. Sob essa perspectiva, os museus podem, por exemplo, promover atividades de conscientização sobre a corresponsabilidade individual para a construção da coletividade e a importância da participação comunitária, da economia solidária e criativa, além de valorizar a cultura local, de modo a fomentar o equilíbrio entre tradição e inovação." (IBRAM, 2015)

Confira algumas imagens. Créditos: Lilian Christiane D'Almeida.






quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Chasque às sesmarias

Desde guri sempre ouvimos falar nas auspiciosas estorias sobre grandes enterros de dinheiro, fortunas deixadas pelos sesmeiros, escondidas em suas terras. Muitas vezes esses contos fazem parte da tradição oral de cada família que por meio do enaltecimento de seus antepassados preserva ao pé do borralho aspectos culturais de outrora... Eram vastas as sesmarias no Alegrete, principalmente nas regiões do Jacaqua, Durasnal, Parové e Caverá. Sempre se ouvia cochichos dos tempos de guerra, as vós que ao tricotar para o inverno revelavam façanhas de sua gente, sangue de seu sangue, histórias de guerra, de defesa da terra em repúdio aos Castelhanos. 
Nos tempos em que esta região era livre, as portas sem tramelas, os campos sem aramados, apenas o minuano fazia frente ao rancho que muitas vezes era humilde, feito de pedra e coberto de quincha (capim Santa Fé), no refogar das lembranças ao entardecer, num mundo onde não havia radio nem TV, os antigos contavam seus causos, relatavam como havia sido o seu dia. A simplicidade tomava conta do ambiente, a vida no Sul era "mais viva", sempre havia uma boa carreira, um fandango na casa de algum amigo, momento único para arranjar pretendente para as filhas, seguindo a ordem de nascimento,é claro... Os relatos dos peões, o dia-a-dia da lide campeira, a tradição, o modo de marcar e castrar, o jeito com que se laçava tudo isso era discutido ao anoitecer. 
Brasão do Município de Alegrete/RS

Quando as sombras do rancho não mais estavam debruçadas sobre o oitão, a noite rompia pelas cochilhas, era um cavalo negro que galopava entre os ponteiros do relógio. Na casa havia apenas um relógio, os gaúchos mais tauras e sábios guiavam-se pelo sol durante o dia. Quando a sombra do corpo do cavalo alinhava-se com o pescoço do animal, certamente era meio-dia, hora de voltar para as casas, comia-se a 1 hora da tarde. No silêncio do breu, só murmúrios  no mato, eram os corujões de orelha que assustavam a criançada. Nas noites frias o mate aquecia as almas, sorvendo do amargo a essência para continuar, no fogo de chão o ritual do chimarrão, a cuia passava de mão em mão levando o respeito, a honra e a dignidade. No chiar da chaleira, no choro da cambona, estavam os velhos senhores a contar seus causos. Contavam de patacões de ouro que foram enterrados por seus ancestrais, apontavam uma possível direção, acenando com o semblante firme, enrugando a testa, posicionando o indicador para o poente. Esta lá! Lá que estava enterrado os tesouros dos primeiros sesmeiros, os primeiros alegretenses. 
Se passaram anos e anos, do caldeamento de culturas e nações surgiu uma geração de novos gaúchos, novos alegretenses... Nos infinitos enlaces genealógicos, dependurados nas paredes da memória, defumados com a fumaça e impregnado de picumã, surgiram novas facetas, uma nova gente que nos dias de hoje, aos poucos vai rejeitando as suas origens pampeanas. A próspera Alegrete, sentinela das cochilas, cidade continentina, definha acompanhando as águas do Ibirapuitã. O que houve? Que teria acontecido com uma cidade formada em "plena savana" entre fogo e fumaça, da guerra da Cisplatina?! Nossa gente perdeu a garra, perdeu a vontade de mudar, nossos antepassados estão tristes pois em tempos mais bravios jamais tiraram o pé do estribo, permaneceram sempre na marca, prontos para defender e lutar pelo SANGUE DE SEU SANGUE. Somos todos irmãos, somos descendentes daqueles homens e mulheres que derramaram seu suor neste chão e sonharam com uma grande Alegrete. Daqueles tempos para cá nossa cidade evoluiu muito, mas temos a certeza que podemos ir além. Somos infinitas sesmarias perdidas no tempo, contudo ainda podemos ser o melhor exemplar de um povo que luta dia-a-dia por seus ideais, pela concretização de seus sonhos. 
Aquela gente que lutou em 35, aquela gente que lutou em 98(1898), o povo de 23, os Dragões do Extremo Sul, gente nobre que temos a honra de carregar o sangue, SANGUE DE SEU SANGUE. Esta na hora de fazer esta partilha, abrir os inventários e cada um assumir o seu quinhão, fazer a sua parte. Vamos adiante, antes que o ponteiro do relógio nos faça de esquecidos.  Tenham todos uma boa tarde nesta ensolarada  quarta-feira de cinzas, no Grande Alegrete. :) 

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Jacaqua - Lugar por onde passam os Jacás

Praia do Jacaqua - S.F. de Assis/RS
Jacaqua é o nome de um rio e também de uma localidade no município de Alegrete, no Rio Grande do Sul. O Rio Jacaqua tem suas nascentes no município de Alegrete, corre em direção ao Ibicuí, no município de São Francisco de Assis forma um balneário, a Praia do Jacaqua. 

A praia do Jacaqua fica nas seguintes coordenadas a saber: Latitude 29°41'1.15"S ; Longitude  55°12'0.29"O. Sempre tive a curiosidade de descobrir o significado do nome, perguntava aos moradores da localidade; sempre se referiam a fruta jaca e "qua", o barulho do pato. Todavia esta afirmação é falsa, uma vez que a jaca não é nativa do Brasil, tão pouco do Alegrete, parte integrante do Bioma Pampa. 

Demetrio Alves Leite em seu livro Sesmaria Santo Ignácio ou Isabel cita nas divisas da sesmaria um dito rio denominado "Jaquaquay", que corresponde ao Jacaqua. Em uma primeira leitura, pode-se pensar que o nome provém de algum termo do Tupi, como outros rios e localidades da região. Em pesquisas feitas nos dicionários online, Tupi-Português, não foi encontrado nenhuma ocorrência referente a jaqua, quay, jaquaquay ou similares.  

Imagens de Satélite. Jacaqua - Alegrete/RS
Jacaqua visto do topo do Cerro da Carpintaria , S.F de Assis/RS
Então, se separarmos a palavra temos: Jacá + Qua. Antigamente, se usavam muitos os Jacás, que eram feitos de vime ou bambu. Nos bolichos se utilizava desses jacás para armazenar frutas ou verduras. Os jacás ficavam no chão dos bolichos, e de vez enquanto algum cidadão que se excedia na bebida pisava por descuido num dos jacás. Então surgiu a expressão "enfiar o pé no jacá", que com a introdução da fruta jaca, virou "enfiar o pé na jaca". O termo Qua, provém do latim; é um adverbio de lugar, por onde passa algo. Usa-se com verbos que indicam passagem. Ex.: Qua vadis, vado ; equivalente a Por onde vais, eu vou.

Assim, em termos gerais, Jacaqua pode ser, em tradução livre, definida como "Lugar por onde passam os Jacás", ou por ondem passam as mercadorias para os bolichos ou armazéns. Portanto, esta é uma possível tradução para o termo, sendo que pode haver outras interpretações para a palavra...


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Campanha pela mudança do Pacto Federativo

Esta sendo disponibilizada no Avaaz (clique aqui para visualizar) uma petição com o seguinte teor: "Sou a favor da mudança no pacto federativo e reconhecimento do Rio Grande do Sul como estado independente na criação de leis, com autonomia judiciária, administrativa e econômica. Decidindo sobre investimentos na segurança pública, saúde, educação e cultura local, de acordo com as necessidades de seu povo".
Ainda segundo o criador da petição, Oberdã Pires, presidente da ONG RS Live, as justificativas são as seguintes: Lemos em nossa Constituição que, o nome oficial do Brasil é “República Federativa do Brasil”. Será que o Brasil é mesmo uma federação? Um pouco de história. No Império seguramente não. O imperador nomeava os presidentes das províncias e, escolhia os senadores das províncias a seu bel prazer. Com a abdicação de Pedro I, a regência editou o Ato Adicional à Constituição que, dava mais autoridade às províncias criando uma verdadeira Federação. Anos depois, com novo Ato conhecido como “Interpretação do Ao Institucional” anulou-se tudo, voltando o Brasil a ser um estado unitário. Com a República criou-se os “Estados Unidos do Brasil”. Mas, só no nome pois, o presidente da república de então, tinha poderes quase ditatoriais e a política girava em torno dos Estados mais poderosos como São Paulo e Minas Gerais. Era a política do “café com leite”. A revolução de 1930 tentou acabar com isto mas, o que se viu em 1937, foi o “Estado Novo”, regime ditatorial chefiado por Getúlio Vargas que nomeava os interventores nos Estados e até suprimiu as bandeiras dos Estados. Deposto em 1945, voltou-se com a Constituição de 1946 a um arremedo de Federação. Mas, na prática não funcionava dado o sistema tributário existente que dava para o governo Central a parte do leão dos impostos arrecadados. A situação perdura até hoje pois, dos impostos arrecadados, cerca de 70 % vão para a União, 20% para os Estados e apenas 5% vão para os municípios. Como pode haver uma federação com esta distribuição de impostos? É preciso lembrar que todos moram nos municípios e, a administração local é que interessa, particularmente, aos cidadãos. Seguidamente vemos nos jornais levas de prefeitos solicitando audiência ao Presidente da República mendigando verbas para seus municípios… Isto, prova que no Brasil “federação” não passa de um mito e o Presidente da República um ditador de fato. 


As autênticas federações como os Estados Unidos da América tem leis que diferem de Estado para Estado. Em alguns há pena de morte para crimes, outros não. E assim com outras leis. 

Artigo originalmente publicado no Instituto Milenium. O Instituto Milenium não tem qualquer vínculo com os idealizadores desta petição ou com seus objetivos. http://imil.org.br/artigos/brasil-uma-federao//#comments 

COM BASE NAS ATRIBUIÇÕES ESTATUTÁRIAS DE PRESIDENTE DA ONG RS LIVRE, E EM MEMÓRIA DE NOSSOS ANTEPASSADOS, CONVOCO À TODOS RIO-GRANDENSES PARA ASSINAREM ESTA PETIÇÃO! PARTICIPEM! DIVULGUEM! MULTIPLIQUEM

domingo, 18 de janeiro de 2015

Portais em Alegrete

Linha Férrea - Alegrete/RS
Segundo estudos ligados ao sobrenatural, em Alegrete, no estado do Rio Grande do Sul, existem portais com ligação para diferentes dimensões. Segundo estudos, essas passagens surgiram na cidade devido ao aprimoramento de elos entre os humanos e seres celestiais evoluídos. Muitas pessoas mais sensíveis, através de sonhos, ultrapassaram essas passagens fazendo viagens neste plano e em outros. Os portais estão localizados em pontos bem conhecidos da cidade e possuem interligação com os portais da Serra do Caverá e os localizados no Jacaraí. Até então é conhecida  localização de dois deles. Estudos por pessoas interessadas no assunto estão sendo desenvolvidos. Com exclusividade este blog irá divulgar a localização de dois deles. A informação foi confiada pela SJA, colaboradora nas pesquisas, ela relata que já ultrapassou esses portais em sonhos, indo de um para o outro neste plano. 
Os portais, conseguem dobrar o espaço-tempo e levar qualquer coisa de um lugar para outro independentemente do estado ou localização. 

1º Portal: Este esta localizado na Praça Getúlio Vargas, a entrada da Igreja Matriz foi construída sobre ele, portanto quando se ultrapassa pela porta principal, no sentido exterior-interior, faz-se a passagem pelo portal. 

Entrada da Igreja Matriz, vista de dentro para fora

2º Portal: Este portal localiza-se próximo ao primeiro. Esta localizado próximo a Estação Férrea de Alegrete.

Estação Férrea de Alegrete/RS

Até então, não foi feita nenhuma viagem real, mas os estudos estão avançados nesse sentido. Em breve um Grupo fará uma passagem por um desses portais. Assim que isso ocorrer, este blog publicará informações sobre.