sábado, 17 de agosto de 2013

Lendário João da Silva

 Figura lendária de nosso município conhecido por suas proezas que vão desde domar touro brabo a ginetear os jacarés que roubavam o sabão das lavadeiras da Lagoa do Parové.
Mesmo não tendo feito carreira militar João da Silva foi honrado na revolução de 1923(por serviços prestados) com o titulo bélico de capitão, Capitão João da Silva Vale.
            Filho de família tradicional do Durasnal, João da Silva era um homem alto, forte e de caráter típico de sua época tinha um bigode lusitano que impunha medo e respeito.
            João da Silva era casado com Dona Silvérinha (primeira esposa), viuvou muito sedo e quando sentia saudades de sua amada ia até a sepultura de Silverinha tocar “umas marca” para ela, dentre os ritmos de seu repertório estavam a vaneirinha, a milonga, a valsa, o xote e um tango bem apaixonado: “La cumparsita”. Mais tarde casou-se com Dona Jurinha, que o matou envenenado.
            Sempre quando ia a cidade com seus filhos, dava uma passadinha na casa de seu irmão Adelino da Silva Vale para com ele matear e tomar o café da manha e só depois sair pelas ruas e praças contando seus causos e proezas.
            João da Silva também era muito conhecido por suas façanhas. Podemos aqui citar as peleias travada entre João da Silva e os jacarés da lagoa do Parové, segundo relatos João da Silva era chamado pelas lavadeiras para caçar os jacarés já que estes costumavam roubar o sabão das lavadeiras enquanto elas proseavam a beira d’agua.
Contam ainda que ele chegava de peito aberto gritando com os jacarés que já iam disparando largando-se por agua e João da Silva todo valente cortejava as lavadeiras gineteando os jacarés.
            Destacam-se também os duelos amargados com os touros bravos pelas estancias, relatos dizem que João da Silva agarrava a unha os touros e os derrubava engrandecendo assim sua fama de homem valente e destemido que já se espalhará por todo o rincão. 

            O Capitão João da Silva Vale e sua amada Silvérinha encontram-se sepultados nas terras da Fazenda Tabatinga, no Parové, um ao lado do outro, em túmulos, guardado pelo velho minuano.

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