
Segundo
Rousseau o governo não pode existir sem a participação do povo, e o povo não pode
existir sem o governo. “Um é tudo e tudo é um”. Os poderes devem andar juntos
para que ambos acordem a um consenso que deve ser unânime. Do contrato social
especifica-se que todos os associados devem abrir mão dos seus direitos
naturais em prol da comunidade, ao contrário de Locke ninguém perde, pois este
feito de associação gera em cada contratante um corpo moral e coletivo. A
unidade gerada pela associação guiará as vontades coletivas que são
inalienáveis ao povo.
Quem
elege um governante é o povo, o povo não fica submisso ao governante, pois o
governante é parte do povo. Entrementes nesta sociedade idealizada por Rousseau
não há alguém superior ao povo já que os governantes não são senhores absoluto
do povo, pois o povo pode elegê-los e destituí-los quando perceber que ele não
mais segue a vontade do corpo coletivo. A democracia rousseauniana e contrária
ao regime representativo e diz que se uma lei não for aprovada pela unanimidade
do povo em pessoa esta lei se torna nula. O povo deve ser uma sardinha seguindo
o seu cardume, deve usar da coletividade para galgar seus objetivos.
A
soberania deve ser ativa e passiva ao mesmo tempo. Na ativa o individuo deve
atuar junto ao governo na criação das leis estatutárias que regem sua
sociedade. E na passiva seguir as leis estatuídas por ele mesmo como parte do
governo integrado ao povo. Não se pode dividir a soberania, pois só se tem um
governo participativo quando ambos os lados, neste caso o povo e o governante,
atuam paralelamente em busca do bem maior. A maioria e a divisão do povo são
refogadas em ideias liberais por Jean-Jacques Rousseau. Tudo isso irá culminar
na adoção de alguns aspectos pelos governantes da atualidade.
O
atual sistema politico em que esta mergulhado o Brasil é extremamente representativo
e não permite uma maior participação do povo, ou seja, a participação coletiva
como bem defende Rousseau. Atribui-se a isso o fato de que desde o principio da
colonização do nosso país o povo sempre esteve submisso às ordens de seu senhor
governante. Nos últimos meses o povo saiu às ruas para protestar contra a falta
de representatividade. Mascarada estava os manifestos, na verdade o povo estava
descontente com os seus representantes por ele mesmo eleito.
Segundo
Rousseau este empasse social poderia ser resolvido se houvesse um contrato
social em que o povo participaria atuando diretamente adjunto ao governo. Seria
viável se houve uma transição de poder, da democracia representativa para a
participativa, assim poderíamos inteirar o povo às formações das leis como dito
anteriormente. Se, um individuo isolado levanta-se contra seu governante ele
corre o risco de acabar com a boca cheia de formigas, porem se o povo
levantar-se sua vitória será sublime.
Logo,
poderemos ter um governo participativo, onde cada cidadão poderá usufruir de
seus direitos cívicos e deveres sociais. Sobre tudo não podemos nos deixar
abalar pelos importunos da vida, sabedores da tão grande força que tem um povo
unido nada mais nos resta se não unir-se e defender ferrenhamente nossos ideais
de coletividade. Viva la revolución del pueblo!
Trabalho escolar elaborado para a disciplina de Filosofia.
Grupo A:
Ana Paula da Rosa
Clóvis Trindade
Diorge Weirich
Trabalho escolar elaborado para a disciplina de Filosofia.
Grupo A:
Ana Paula da Rosa
Clóvis Trindade
Diorge Weirich
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